“Augusto” em criança era um garoto simples que adorava brincar aos polícias e ladrões, uma brincadeira como tantas outras.
Sempre escolhia ser polícia para assim poder proteger e defender os outros, embora de vez em quando tivesse sido também o ladrão, mas sempre que o fazia, não gostava muito.
O seu pai era militar do exército, e usava farda, algo que o fascinava também. Muitas vezes pensava que um dia, também ele gostaria de ter uma farda.
Cresceu, tornou-se um jovem determinado, e a sua vontade de proteger e defender os outros manteve-se e tornou-se cada vez maior.
Foi então, que ele resolveu realizar o seu sonho de criança, ser polícia.
Concorreu, foi admitido, fez o curso, tornou-se polícia, e hoje é um agente da PSP.
Ele tornou-se num profissional da policia que honra a farda que veste e sente orgulho do crachat que traz ao peito.
Mas “Augusto” acabou por descobrir que afinal, a polícia não era bem aquilo que ele sempre idealizara. Na polícia ele descobriu demasiada competição, muitas adversidades e até algumas inimizades. Descobriu que a camaradagem não é assim tão comum, que o espírito de equipa nem sempre existe, por vezes tramam-se mesmo uns aos outros, e que a relação com os superiores nem sempre é a mais fácil. Mas em todas as áreas profissionais existem os aspectos positivos e os negativos, e claro que a policia não é a excepção á regra. Mas mesmo assim, ele nunca desistiu do que mais amava, de ser polícia.
Mas como todos os policias, ele também era um ser humano e tinha uma vida pessoal, vivia com uma pessoa que tinha problemas de saúde, e que a dada altura decidiu deixar de viver e terminou com a própria vida dela, “Augusto” vivenciou tudo isso de muito perto, e isso foi algo que o marcou para sempre.
Evidentemente que após um trauma dessa magnitude, qualquer pessoa ficaria desorientada, e sem saber o que fazer, mas “Augusto” apesar de tudo, deu a volta por cima e sobreviveu a essa tragédia, reergueu-se de novo e aguentou-se como um guerreiro.
E tal como ele, muitos outros se calhar travam batalhas pessoais e/ou familiares que ninguém sabe ou conhece, por isso era muito importante que todos tivessem o apoio necessário nas alturas certas, pois certamente evitariam males maiores e talvez não existissem tantos suicídios também! E de relembrar ainda, que os polícias deveriam ser tratados sempre como seres humanos e não como números, pois apesar de serem feitos de carne, realmente muitas vezes(demasiadas) eles são mesmo obrigados a agirem como se fossem de ferro!!